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Carolina Vasconcellos: "Acredito que meu maior desafio como artista no Brasil, neste momento..."




Finalmente a DOMI Galeria conseguiu conversar com Carolina Vasconcellos! Jovem artista visual, ilustradora digital, pintora, e escritora entusiasta multifacetada. Seu contato com as artes, em suas diferentes vertentes, é mantido desde pequena, através das revistas em quadrinhos, animações e pinturas. Mais tarde, desenvolve seu interesse pela fotografia e explora outros campos artísticos, de forma autodidata, percorrendo uma rica jornada até aqui. Artista e pessoa apaixonada e sonhador, que busca em seu trabalho, criar conexões e significados relevantes para aqueles que observam suas criações, seja em ao adentrar os universos das emoções, das sensações ou reflexões acerca do viver e do ato de ser humano. Vamos conferir?


Nos fale um pouco mais sobre você, quem é Carolina Vasconcellos?


Sou uma jovem artista visual, ilustradora digital, pintora, e escritora entusiasta multifacetada. Desde pequena mantenho meu contato com as artes em suas diferentes vertentes, conhecendo-a através das revistas em quadrinhos, animações e pinturas. Mais tarde, desenvolvi meu interesse pela fotografia e explorei outros campos artísticos, de forma autodidata. Em 2017 entrei para o mundo da moda, e expandi meus conhecimentos artísticos através da atuação no setor. De 2019 a 2022 cursei Artes Visuais e Tecnologia, me formando como bacharel pela PUCCAMPINAS.


De 2021 a 2022 estudei o campo da fotografia e suas possibilidades, desenvolvendo o trabalho "OUT OF BODY: a arte como meio expositor das sensações", sequência fotográfica que conta uma narrativa visual de três atos retratando as emoções e sensações físicas e psicológicas envolvendo vivências acerca da Síndrome do Pânico, Ansiedade, Epilepsia e Depressão.


Posso dizer que, para além das informações biográficas, eu sou uma artista e pessoa apaixonada e sonhadora. Que busco em meu trabalho, criar conexões e significados relevantes para aqueles que observam suas criações, seja em ao adentrar os universos das emoções, das sensações ou reflexões acerca do viver e do ser humano.


Como a Arte e a Fotografia entraram para sua vida?


Creio que ambas sempre estiveram em minha vida desde pequena. De formas sutis, é claro. Revistas em quadrinhos colecionadas por meu pai e fotos espontâneas tiradas por minha mãe como forma de registrar momentos preciosos com uma câmera analógica. A paixão e a inspiração foram surgindo de outras fontes também, como a moda, a gastronomia, filmes, e o mundo ao redor.


Por que escolheu esse tipo de arte como forma de se expressar?


Sempre gostei de fotografia. Mas, durante meus anos na universidade, o interesse se intensificou. Gosto de pensar muito na fotografia como uma janela para aquilo que não podemos enxergar, e como uma ferramenta poderosa para capturar as transmutações da vida.

Fale um pouco sobre seus mestres, suas influências e inspirações


Minhas principais influências vêm de grandes mestres como Van Gogh e Caravaggio, por conta de suas técnicas tão singulares e tão expressivas. Gosto de como eles são opostos em seus trabalhos, Van Gogh com suas cores e pinceladas vibrantes e marcantes, e Caravaggio com sua sutileza de pinceladas, e o exímio uso de claro e escuro em suas obras. No campo da fotografia, Josephine Cardan, Francesca Woodman e Sebastião Salgado são alguns dos nomes que compõem as influências artísticas sobre o meu trabalho. Como você definiria o seu trabalho hoje? Acho que o definiria como experimental em alguns sentidos. Quando falamos de arte (seja sobre qualquer linguagem artística), precisamos manter em perspectiva que cada parte do processo é um experimento e uma nova descoberta. Arte é transmutação, sinergia. É dessa forma que também defino meu trabalho.

Sabemos que essa não é uma pergunta muito simples de ser respondida, mas o que é Arte para você?


Existem inúmeras formas de responder esta pergunta. Mas gosto de pensar que a arte não é algo que se possa definir. Como citei anteriormente, a arte pode ser transmutação, assim como a vida, fluindo em diferentes direções.


Nos conte um pouco sobre o seu processo de criação, como ele funciona e como você lida com ele?


Meu processo de criação é muito intuitivo. Gosto de ligá-lo às minhas emoções e aos meus pensamentos, e deixar que aconteça de forma natural. Por vezes, ter uma noção do que desejo me basta, e deixo que o próprio processo de criação seja minha arte.


Como foi seu caminho para chegar até aqui? Quais foram ou ainda são seus grandes desafios para trabalhar e viver da Arte aqui no Brasil?


Posso dizer que foi um trajeto turbulento, de fato. Houveram diversos momentos onde foram muitos os muitos desafios socioeconômicos frente à situação do país, à pandemia do COVID-19, entre outros. Parte de meus estudos como Artista Visual foi durante a quarentena. Quando entrei para a Universidade em 2019, não podia sequer prever que algo desta magnitude fosse ocorrer, assim como a maioria de nós. Mas posso dizer que os acontecimentos que se deram, geraram algumas perspectivas diferentes para mim. Tanto na minha vida pessoal, quanto como artista visual. Nestes últimos dois anos, especificamente, muito me aproximei de algumas questões delicadas e pessoais que acabaram se tornando pertinentes para minhas criações enquanto artista, e tal descoberta gerou algumas de minhas obras mais significativas na fotografia, como as que vemos aqui expostas na DOMI.


Acredito que meu maior desafio como artista no Brasil, neste momento, tem sido encontrar espaços frutíferos para crescimento. Sinto que muito do mercado artístico brasileiro ainda não é acessível, e, embora sejamos um dos países mais ricos em cultura no mundo, esta falta de integração e acessibilidade para artistas não renomados é grave. O acesso à cultura e a valorização das artes são essenciais e estes espaços precisam ser explorados.


Se você tivesse a oportunidade de orientar alguém que está apenas começando a dar os primeiros passos como artista, quais seriam as suas dicas?


Não julgue tanto suas falhas e não se compare. Seu processo artístico é único, assim como o caminho que você irá trilhar. Aproveite cada parte dele.


Nos fale um pouco sobre seus planos para o futuro, onde mais você gostaria de chegar?


Para alguém deveras sonhadora como sou, gostaria de chegar além dos limites possíveis. Ainda é cedo para dizer com certeza o que o destino me reserva em âmbito profissional, mas, tenho esperanças de que sejam boas oportunidades. Neste momento, estou explorando alguns diferentes conceitos e caminhos artísticos e aproveitando a jornada, mas ao pensar no futuro, gostaria que meu trabalho chegasse em diferentes locais ao redor do mundo.


Apaixonante, não é mesmo?

Para conhecer mais o trabalho da artista, visite aqui!




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