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Ricardo Oda: "A arte muda a forma que vemos o mundo e como caminhamos por ele."



Esse mês a DOMI Galeria de Arte Online conseguiu conversar com o artista Ricardo Oda, ou apenas Oda, como é mais conhecido, esse brasileiro por nascimento, japonês por alma e coração, apaixonado por moda, cultura e arte. Quando jovem, Oda costumava gastar toda a sua mesada, colecionando revistas importadas de moda, arte e comportamento e hoje, além da sua arte, também realiza intensa curadoria de conteúdo.


Sua formação profissional é bem eclética, passando pela publicidade, cultura, audiovisual, sempre orbitando pela arte e pela criatividade, contribuindo e alavancando seu trabalho artístico. Após intensas assistências em diversas áreas, da fotografia à produção, do design ao início de uma carreira de sucesso, descobriu seu transtorno bipolar, que transformou sua vida e sua arte.


Dos sketches para os vetores e padrões, intuitivamente, seu trabalho é fortemente influenciado pela "arte primitiva." Atualmente estuda antropologia como meio de compreensão da arte e do entendimento da produção artística como instrumento de compreensão do ser humano.


Confira abaixo como foi esse bate-papo!!


Nos fale um pouco sobre você, sua personalidade... quem é Ricardo Oda?


Brasileiro por nascimento, japonês por alma e coração, apaixonado por moda, cultura e arte. Sou um ser brasileiro asiático bipolar com muita mania, um virginiano complexo, filho de ogum, como muita coragem e vontade.


Sabemos bem que essa é uma pergunta com infinitas resposta, mas para você, o que é arte?


Arte não é apenas uma coisa, um objeto, uma criação ou o ato de. Arte é muito mais, pode ser simples ou muito complexa. Arte é uma experiência estética, são linhas, são processos que proporcionam mecanismos de produção de conhecimento sobre nós e o mundo que vivemos. A arte muda a forma que vemos o mundo e como caminhamos por ele.


Como e quando a arte entrou em sua vida?


A arte está no meu processo, na minha criação, no meu passado e presente. Fui fortemente influenciado pela minha origem asiática. Desde a pintura, o cinema, o design, a arquitetura, a arte, o estilo de vida, a moda e minha criação japonesa. Está na minha origem, numa linha que vem desde minha infância.


Por que escolheu a pintura como forma de se expressar? Fale um pouco sobre seus mestres, suas influências e inspirações


A pintura foi o meu desafio após o fashion design, minha origem, influenciado por mestres como: Kenzo, Issey Miyake, Yohji Yamamoto e Rei Kawakubo. Uma linha transformada em pinceladas, também influenciada por artistas japoneses, como Yayoi Kusama, Takashi Murakami, Yoshitomo Nara, Manabu Mabe e Tomie Ohtake. Mas também tive uma influência espanhola, de Miró, Picasso e Dali. E por último, Van Gogh, pela história e a mesma bipolaridade.


Nos conte um pouco sobre o seu processo criativo, como ele ocorre e como você lida com ele


Meu processo criativo é por linhas, por camadas, por cores. Uso o Mixed Media justamente por isso mesmo, pois uso muitos meios diferentes e muitas combinações. Tenho uma disciplina com meus materiais, pincéis, tintas, makers, tudo muito separado e bem guardado. Quando estou pintando, tenho muita disciplina, muita concentração e música. Sou um virginiano extremamente metódico. Minha curadoria de conteúdo também passa por esse processo e que influencia muito minha arte.


Muito provável que você já tenha passado por diversas fases durante a sua carreira, mas como você descreveria o seu trabalho hoje?


Minha fase é uma linha eterna que vem da minha criação oriental. Hoje sou fortemente influenciado pela “arte primitiva”. Atualmente estudo antropologia como meio de compreensão da arte e do entendimento da produção artística como instrumento de compreensão do ser humano. Cultura versus Humano.


Quais você diria que são as características ou atributos mais importantes para seguir uma carreira em artes?


Criatividade é básico, mas a vontade, a disciplina, a coragem, a curiosidade e o paixão também são importantes.


Nos fale um pouco sobre como foi seu caminho para chegar até aqui... quais foram ou ainda são seus grandes desafios para trabalhar e viver de arte?


Como disse, a arte está na minha criação oriental, que sempre me acompanhou. Minha formação profissional em publicidade, cultura e audiovisual (cinema e TV) também orbitou pela arte e pela criatividade, que amadureceu meu trabalho artístico. Foi um caminho concomitante com a minha arte. Após intensas assistências em diversas áreas, da fotografia à produção, do design ao início de uma carreira de sucesso, descobri meu transtorno bipolar, que transformou minha vida e minha arte. Após várias crises e internações, minha arte também amadureceu.


Se pudesse passar alguma orientação para alguém que está apenas começando a dar os primeiros passos no mundo das artes, oque você diria?


Seja curioso, seja persistente, estude muito e sempre pesquise, referência é tudo.


Nos conte um pouco mais sobre seus projetos, seus planos ou mesmo sonhos... Onde mais vc quer chegar?


Quero desenvolver cada vez mais minha arte e continuar estudando para compreender a arte, a cultura, o ser humano e a mim mesmo!


Para conhecer mais o trabalho do artista visite aqui!!

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