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Redescobrindo seu potencial criativo


Muito provavelmente você ainda se lembra do tempo em que criar era um enorme prazer para você. Parece que foi outro dia! Horas e horas perdido dentro de sua imaginação enquanto o mundo corria frenético “lá fora”. Criar parecia simples e fácil… e tudo parecia contribuir para que você estivesse em um permanente estado criativo.


Então o que aconteceu?


Quando foi exatamente que começou a perceber que paixão em criar estava se perdendo de você?


Quando foi que criar se tornou um peso ou uma obrigação em sua vida?


Como todo artista criativo, é natural experimentarmos oscilações inevitáveis de expansão e contração ou de altos e baixos em nosso desempenho criativo. Afinal, a vida acontece para todos nós: alguma tensão financeira, problemas de relacionamento, pressão no trabalho, problema de saúde, etc. E daí nos pegamos “correndo atrás” ou tentando agarrar aquela velha paixão, as vezes sem muito sucesso.


Meu primeiro conselho: não se desespere! É importante saber que há sim como sair dessa estagnação criativa e recuperar o fogo da paixão por criar :-)


Aqui vão algumas dicas para redescobrir sua arte e recuperar sua paixão:



1. Alimente sua alma criativa


Pense na criatividade como bens que fazem parte do seu patrimônio. Esses bens precisam ser repostos regularmente e a melhor forma de fazer isso é absorvendo o trabalho de artistas que estão à sua volta.


Eu não estou falando aqui sobre imitação. Você nunca, nunca, nunca, em hipótese alguma deve imitar quem quer que seja, por mais que você tenha admiração por seu trabalho. Aliás, todo o seu esforço deve ser sempre no sentido de buscar aquilo que é só seu, sua marca, seu traço, seu olhar.


Mas é fato que se inspirar na obra de outros artistas é fundamental. Aprender aquilo que eles já sabem ou simplesmente admirar diferentes técnicas e estilos é extremamente enriquecedor.


Se você é um pintor, precisa saber apreciar grandes obras. E quando eu digo apreciar, eu digo apreciar de verdade, sem pré-conceitos e sem julgamentos.


Seja você um fotógrafo ou artista, você precisa aprender a permitir que os seus olhos possam absorver o máximo de arte possível. Você precisa encontrar uma maneira de ver as coisas sob uma perspectiva diferente e alimentar-se daquelas imagens com as quais você vai, posteriormente, brincar e reconstruir dentro de sua própria imaginação.


Meu segundo conselho: tente reservar um tempo todos os dias para simplesmente alimentar sua alma criativa.



2. Controle suas distrações


Essa é praticamente impossível, não é mesmo? Vivemos em uma era de distração. A distração parece ter sido institucionalizada: celulares, tablets, mensagens e e-mails chegando o tempo todo… e tudo tem seu ruído característico para aguçar nossa curiosidade. Isso sem falar em filhos, TV, animais de estimação, barulho dos carros, sirenes, alarmes, etc. Dependendo do lugar onde você está tentando reencontrar sua criatividade, o processo todo poderá parecer bem mais trabalhoso.


É claro que existem os privilegiados, que podem se dar ao luxo de criar em ambientes perfeitos, com zero de distração, mas a grande maioria de nós temos que nos esforçar, e muito, para nos mantermos focados.


Estar ‘conectado’ o tempo todo tem lá suas vantagens, não podemos negar! Hoje em dia podemos carregar uma biblioteca inteira no bolso ou mesmo visitar grandes bibliotecas ao redor do mundo. Podemos ter acesso a nossa playlist favorita a todo momento. Podemos fazer pesquisas no ‘oráculo’ (Google) a qualquer hora. Não podemos negar as inúmeras vantagens que toda essa tecnologia à nossa disposição nos proporciona. Por outro lado, não podemos negar também que toda essa distração pode atrapalhar em muito a nossa busca por estados mais criativos.


O negócio é o seguinte: não tenha medo de atitudes aparentemente radicais. Desligar seu celular por uma hora, trancar a porta do estúdio por um período do dia ou mesmo reservar apenas um horário do dia para responder aos seus emails, não vai te matar.


Defina uma agenda razoável para você todos os dias e tente se ater a ela. De nada adianta metas impossíveis de, por exemplo, se trancar no estúdio para pintar o dia todo se você tem outras coisas para fazer. Tente ir aos poucos. Comece reservando alguns minutos por dia para se ‘desconectar’ e vá aumentando à medida de suas necessidades. Organizar tudo para poder dedicar tempo à família, ao lazer, ao descanso é fundamental também e você não se sentirá tão culpado quando estiver inacessível “no mundo da criação”.


Meu terceiro conselho: tenha paciência com você, experimente as possibilidades e não se cobre tanto.



3. Crie todos os dias!!


Uau!!! Essa é demais!!!


Obviamente eu não estou falando aqui em criar verdadeiras obras-primas diariamente. Nem mesmo os grandes mestres conseguiram isso. O que eu estou tentando dizer é que criar é como uma atividade física, por exemplo. Quanto mais você pratica, mais você vê resultados. E pode chegar um momento, dependendo de sua dedicação, que os resultados poderão te surpreender! Newton estava certo quando afirmou que um objeto em repouso permanecerá em repouso, enquanto um objeto em movimento tende a permanecer em movimento.


É por isso que é tão importante encontrar uma maneira de fazer pelo menos alguma coisa todos os dias para exercitar os seus músculos criativos.


Tenha um pequeno projeto, um caderno de desenhos, ou fotografe uma cena apenas… mas crie todos os dias. O ponto aqui não é criar algo magnífico, mas simplesmente criar algo todos os dias e deixar algum tipo de registro dele para que você possa retornar mais tarde.


Como vimos no item anterior, eu sei que é difícil encontrar tempo. Muitas vezes ainda estamos dependendo de um emprego para pagar nossas contas, temos as crianças que precisam de cuidados, temos parceiros que podem estar precisando de nossa atenção. Nem sempre é fácil, mas, ao mesmo tempo, se foi essa a vida que escolhemos para nós, precisamos encontrar uma forma de encaixar de 15 a 30 minutos, pelo menos, em nossas rotinas diárias, para criar.


Quando bater a desmotivação tente lembrar que nenhum esforço criativo é em vão. Mesmo naqueles momentos em que não conseguimos enxergar progresso, precisamos persistir, pois o esforço criativo nunca é em vão.


Meu quarto conselho: faça disso uma diversão e não uma obrigação.



4. Encontre sua galera


Eu sei que o ato de criar é tanto solitário. Somos nós mesmos, perdidos em nossas idéias, organizando nossa imaginação e enfrentando a tela (ou papel) em branco. nesse momento, ninguém está lá conosco. Somos apenas nós mesmos. Muito embora isso seja verdade, é também verdade que precisamos fazer parte de uma comunidade com a qual nós temos afinidade para compartilhar nossos medos, nossos sucesso, nossos fracassos, nossos resultados. Essa troca de informações é muito enriquecedora e pode fazer desenvolver, e muito, o seu potencial criativo.


Se não conseguir encontrar sua galera em seu bairro, não se desespere! Existem inúmeras comunidades online: Facebook, Flickr, Pinterest, Instagram, DevianArt, etc… as opções são inúmeras! Se inscreva, teste e veja com quais você se adapta mais. Mas lembre-se de não fazer disso mais uma obrigação. De nada adianta participar de tudo se você não tem tempo para nada.


Meu quinto conselho: seja razoável com você e aprenda a lidar com seus limites.



5. Experimente


Finalmente, não tenha medo de experimentar ou tentar algo novo.


Experimente tudo: materiais diferentes do que está acostumado, novas técnicas, novas linguagens, novos caminhos, etc


Criatividade tem tudo a ver com ver as coisas sob novas perspectivas. Estamos todos aqui nesse mesmo caminho tentando encontrar a nossa voz individual. Arriscar um pouco é saudável! Nos tira da zona de conforto e nos faz crescer.


Além disso, nunca tenha medo de começar de novo. Permita-se errar e recomeçar quantas vezes forem necessário. Não permita que as experiências negativas do seu passado determinem o seu futuro. E não importa se você já se dedicou 10, 20 ou 30 anos de sua vida em uma área que não está nutrindo sua alma criativa. Se sentir que não dá mais, levante a cabeça e parta para uma outra direção.


Meu sexto conselho: brinque mais!





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